Brasil endividado: preocupação com dinheiro afetou a saúde mental de 53% dos brasileiros, de acordo com pesquisa da Onze 

Pesquisa Seguros

São Paulo, setembro de 2022 – A crise econômica observada nos últimos anos, com alto índice de desemprego e endividamento, tem gerado pressão direta sobre o bem-estar físico e mental da população. É o que aponta pesquisa realizada pela Onze, fintech de saúde financeira e previdência privada que buscou entender como o dinheiro pode afetar a saúde mental dos brasileiros e desenvolver ou agravar doenças de ordem psíquica. 

Das 3.172 pessoas entrevistadas de todo o Brasil, 53% já tiveram a saúde mental afetada por questões financeiras, sendo que 48% se sentem preocupadas e ansiosas ao pensar em dinheiro e 18% ficam tristes e desanimadas. 

O principal motivo apontado para os sentimentos ruins foi a falta de perspectiva para a realização de sonhos e objetivos (38%), seguida pela diminuição do poder de compra pela alta da inflação (28%). Em terceiro lugar, aparecem as dívidas, com 27% das respostas, e em quarto lugar vêm as despesas maiores que a renda, com 26% dos entrevistados.

Brasil endividado

A maioria dos entrevistados possui alguma dívida. O cartão de crédito concentra a maior parte do endividamento dos brasileiros, com 45% das respostas,  seguida de empréstimo pessoal (20%) e crédito consignado (15%). 

Dos ouvidos, 40% apontam que a renda cobre apenas os gastos mensais e 44% afirmam que o montante recebido mensalmente não cobre as despesas. Além disso, 84% não possuem reserva de emergência – o que só é realidade para 11% dos entrevistados, que têm até dois meses de despesas garantidas.

O que observamos, portanto, foi que o endividamento e a renda insuficiente somados à insegurança de não ter uma reserva acabam se tornando uma combinação perigosa, levando boa parte dos brasileiros a desenvolver ansiedade, insônia e depressão (problemas mais relatados pelos entrevistados). 

Profissionais da psicologia apontam que uma pessoa com a saúde mental afetada entra no modo “sobrevivência”, o que pode acarretar piora da capacidade cognitiva. Todo esse quadro agrava a tomada de decisão e deixa as pessoas mais propensas a agir por impulso e a ter maior dificuldade no planejamento a longo prazo.

“Sabemos que o endividamento e o estresse financeiro são realidade para a maioria da população brasileira. Além de prejudicar a produtividade no trabalho e gerar conflitos de relacionamento, a falta de recursos pode causar inúmeros problemas de saúde e abalar a autoestima. Uma das saídas é a educação financeira para que as pessoas aprendam a gerir melhor os próprios recursos e se planejarem a longo prazo”, afirmou Samuel Torres, consultor financeiro da Onze