Previdência privada: o caminho escolhido por brasileiros em direção a um futuro mais seguro e promissor

Seguros

O antigo e famoso ditado popular “o seguro morreu de velho”, que remete à precaução, nunca fez tanto sentido na atualidade. Em meio às incertezas sobre o cenário macroeconômico, fortalecer o patrimônio, garantir uma boa aposentadoria e desfrutar a vida futura com mais tranquilidade têm sido os ideais para muita gente. Prova disso é a crescente demanda por previdência privada (complementar). Somente em janeiro de 2023, a captação líquida dos planos dessa modalidade de investimento de longo prazo, teve alta de 33,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando R$ 1,7 bilhão, conforme a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

De acordo com a diretora-superintendente da Unicred Central Multirregional (UCM), Carolina Ramos, o cenário favorável ao setor é atribuído, principalmente, à versatilidade dos planos de previdência privada que são destinados a diversas finalidades e atendem investidores de variados perfis.

“As necessidades variam muito de pessoa para pessoa, não existe uma regra específica para utilização do recurso acumulado, mas o objetivo principal da previdência privada é aumentar as reservas financeiras no longo prazo e utilizá-la como um complemento de renda na aposentadoria para não perder a qualidade de vida e segurança financeira”, explica.

A executiva ressalta que o interesse maior da população pela previdência complementar ocorreu após a reforma da Previdência no Brasil. “As pessoas estão mais inseguras em relação à aposentadoria, pois ocorreram várias mudanças na legislação. As mulheres, por exemplo, só podem se aposentar com 62 anos de idade e 15 anos de contribuição. Já os aposentados por incapacidade permanente, antiga invalidez, tiveram sua fórmula de cálculo alterada para pior e vão receber menos do que recebiam com o auxílio-doença”.

Planos

Pelo levantamento da FenaPrevi, dos 13,8 milhões de planos comercializados no país até janeiro de 2023, 61% foram do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), 21% em PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e os demais 18% nos planos Tradicionais ou FAPI.

No caso específico de PGBL, Carolina Ramos diz que o ânimo se justifica pelo fato de que esses investimentos são passíveis de dedução de até 12% da renda tributável anual para quem faz a declaração completa e contribui para algum regime de previdência social. “Em outras palavras, se uma pessoa ganhou R$ 100 mil durante o ano, pode aplicar R$ 12 mil na previdência e deixar essa quantia fora do alcance da ‘mordida do leão’. Ou seja: a Receita Federal fará o cálculo do imposto em cima do valor restante, de R$ 88 mil”.

Segundo a diretora, antes de escolher e contratar um plano de previdência privada, é preciso consultar um especialista. “Isso é fundamental, já que os planos podem ser modelados de maneira que se adequem melhor ao orçamento de cada um. Além disso, é importante ficar atento às taxas administrativas empregadas pela instituição financeira contratada e, também, no perfil de investimentos escolhido no decorrer do plano”.