A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic a um patamar de 13,75% ao ano por mais tempo pode impactar no segmento de Seguros. Na análise de especialista da WIT Insurance, a partir de dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), a alta das taxas de juros e do crédito impulsionou a procura pelo seguro garantia, que prevê a indenização ao segurado caso haja descumprimento de alguma obrigação.
No primeiro semestre de 2022, o mercado de seguros registrou um crescimento de 19,6% em relação ao mesmo período em 2021, atingindo um faturamento de R$ 80 bilhões. O segmento de Danos e Responsabilidade, que inclui o Seguro Garantia, está entre os três que mais cresceram, aumentando R$ 2,2 bilhões em seu faturamento.
O seguro garantia ampara diferentes modelos de negócios, como cumprimentos contratuais, admissão temporária, demandas judiciais, licitações, concessões, adiantamento de pagamentos e outros. O segmento é destinado a empresas que precisam apresentar uma determinada garantia para assinar um contrato.
A procura por esse serviço foi, também, a que mais cresceu na WIT Insurance, dobrando de tamanho durante o ano de 2022. Eduardo Ramirez, Head de Seguros e Benefícios da WIT Insurance explica que há muito espaço para esse segmento no mercado. “Muita empresa grande ainda usa garantia real em processo. É possível trocá-la por uma apólice de seguro, que é até mais barata que uma fiança bancária”.
Dessa forma, o seguro garantia libera tudo o que está atrelado no processo de garantia real e substitui pela apólice de seguro. “Considerando a alta taxa de juros, o valor de investimento no seguro é menor do que em uma fiança bancária. Por ser uma operação de seguros, ela não limita o acesso ao crédito e não atrela recursos da empresa”, diz Eduardo Ramirez.
Na esteira do crescimento da divisão de seguros da WIT estão também o seguro contra ataques cibernéticos e o serviço voltado para o segmento de agronegócio, este último implantado neste ano na empresa.