Com operações em mais de 40 países, nos cinco continentes, a eBaoTech apresentou uma série de exemplos de como é possível tornar os seguros mais acessíveis. Em sua passagem pelo país, durante a última edição do CQCS Insurtech & Innovation, o CEO global da companhia, Woody Mo, disse que o seguro irá se tornar cada vez mais integrado (embedded) com outras indústrias.
Com base em sua experiência a partir dos outros mercados em que atua, ele mostrou cases que podem ser replicados com sucesso no Brasil. “Os seguros devem estar conectados a todos os eventos da vida. O desafio agora é desenvolver a capacidade de criar oportunidades nesse sentido, suportado pela tecnologia”, disse.
Um dos exemplos apresentados foi o da AutoShop, um produto desenvolvido pela multinacional para atender oito mil concessionários de multimarcas de automóveis na China. Os mais de 50 mil funcionários dessas empresas podem acessar a plataforma da eBaoTech e comercializar seguros para os seus próprios clientes, o que amplia muito a capacidade de distribuição.
“Uma das coisas mais interessantes é que não se trata apenas de vender uma apólice de carro, mas sim de um pacote. Para agradarem seus clientes, as concessionárias incluem uma série de serviços que podem ser úteis para todos que dirigem. Carros, serviços e outras coisas, tudo combinado em um único pacote”.
De acordo com ele, é possível contratar serviços que vão desde um simples lava-jato até um motorista particular. “Isso sem falar em outras iniciativas que podem ser voltadas para a prevenção de acidentes, como produtos ligados a saúde, gerando receitas adicionais para as concessionárias”, completou.
Outro exemplo veio da Índia, o país mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de habitantes. A seguradora SBIG, em parceria com uma empresa ferroviária, comercializa 700 mil apólices de baixíssimo custo por dia para quem compra passagens de trens.
“Esses são todos cases reais, de ações que nós já fazemos. São exemplos de como a gente consegue acessar um ecossistema vertical de nicho que pode se tornar um negócio muito importante para as seguradoras”.
Ainda segundo Woody, tudo isso só foi possível porque a tecnologia evoluiu muitos nos últimos anos. No caso específico da eBaoTech, a empresa passou a oferecer sua tecnologia em ‘blocos de construção’, onde cada empresa pode desenvolver a solução que desejar em tempo real e conectar-se aos canais de venda que considera mais relevantes para o seu próprio negócio.
“No InsureMO (Insurance Midlle Office), por exemplo, é possível usar esses blocos para criar o seu produto e se conectar com os parceiros. Temos cerca de três mil produtos diferentes configurados em nossas soluções e mais de três mil APIs. Isso torna todo o processo de desenvolvimento muito mais rápido. Ninguém mais quer fazer grandes investimentos e gastar meses ou anos para realizar uma implantação”, concluiu.