As tentativas de golpes envolvendo identidade estão, infelizmente, cada vez mais comuns. Para se ter uma ideia, somente em 2023, mais de 31 milhões de fraudes foram evitadas, segundo dados da CertiSign, empresa especialista em identificação e segurança digital. A barreira utilizada? A biometria facial, que utiliza características faciais de uma pessoa para identificá-la.
Para Julio Duram, Chief Technology Officer (CTO) da CertiSign, esse número mostra a importância do uso da biometria facial para as empresas e como ela pode ser eficaz e ajudar com a redução de fraudes no país. “No setor financeiro o uso dessa tecnologia tem um papel fundamental, como, por exemplo, na contratação de empréstimos. Em um dos nossos clientes, reduzimos em 99,9% o risco de fraude nesta categoria por meio da biometria facial. Esse método é uma das formas mais seguras de garantir a identidade de quem está do outro lado da tela. E o melhor que para o usuário é só uma selfie, não causa fricção. Vale dizer que a biometria dentro de uma jornada pode ser usada para identificar, autenticar e até mesmo como assinatura eletrônica”.
Segundo o relatório da “O Real Custo das Fraudes”, de 2021, da LexisNexis Risk Solutions, “para cada real perdido em uma transação fraudulenta, a empresa tem seu prejuízo multiplicado.”. A pesquisa mostra que na América Latina uma fraude custa em média 3,68 vezes o valor nominal. O estudo ouviu 454 executivos latino-americanos, sendo 91 deles brasileiros, de três setores (varejo, e-commerce e serviços financeiros).
Inteligência artificial para detecção de vida
Atualmente, os sistemas de biometria facial mais avançados possuem detecção de vida, impedindo que sejam usados vídeos, fotos ou deepfake. “Trata-se de uma plataforma robusta para identificação, que irá validar se atrás daquela imagem ali capturada há vida, diminuindo ainda mais o risco de fraude de identidade”.