Brasil pode ser protagonista na neutralidade da emissão de gases de efeito estufa

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Rio de Janeiro, 11 de setembro de 2024 – O cientista brasileiro Carlos Nobre fez um alerta ao participar, na manhã desta quarta-feira (11/09), do 1º Fórum IRB(P&D): “o clima já é uma emergência humana e o Brasil tem potencial de protagonizar e ser o primeiro país a neutralizar a emissão de gases de efeito estufa até 2040”. Presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, ele apontou caminhos para mitigar as altas temperaturas no planeta e identificou os desafios para a humanidade.

“Em nosso país, é possível neutralizar a emissão de gases de efeito estufa se as políticas ambientais forem bem implementadas e executadas no curto prazo, como a arborização urbana. Além de termos emissões líquidas negativas após 2040 e até 2100. Para isso, os setores também devem caminhar na busca por sustentabilidade, transição energética, e aperfeiçoar os sistemas de previsão e os alertas de desastres causados por extremos climáticos”, disse.

Nobre, que também é membro do Conselho Deliberativo do WWF Brasil, levantou ainda questões que impactam a proteção da humanidade em virtude do rápido avanço dos eventos climáticos extremos: “As atuais mudanças climáticas são generalizadas, rápidas e se intensificam cada vez mais. Há recordes de secas, ondas de calor e incêndios florestais. A temperatura já subiu mais de 1,5°C e, a longo prazo, pode comprometer até a existência da Amazônia. Como consequência, as geleiras estão derretendo muito e o nível do mar está mais alto – entre 20 e 25 cm em alguns locais do Pacífico”.

Sobre o futuro, o cientista brasileiro deixou uma reflexão e um conselho. “As novas gerações devem assumir a liderança na busca por trajetórias de sustentabilidade. Além disso, destaco a importância do ensino escolar sobre eventos climáticos extremos, bem como a prevenção de desastres”, finalizou Nobre.

Com apoio da CNseg, o 1º Fórum IRB(P&D), que acontece até amanhã (12/09), tem como tema “Desafios e oportunidades no enfrentamento dos Riscos Climáticos”. O primeiro dia é dedicado aos painéis de discussão. Já nesta quinta-feira (12/09), haverá um encontro técnico-científico.